terça-feira, 27 de maio de 2014

O Blog - Quem? Como? Por que? Onde? Qual o sentido da vida? 42

Então, a esperta aqui foi descobrir ontem que havia um espaço para descrever o Blog (isso dps de alguns anos, é muita perspicácia para uma pessoa só, não?). E comecei a escrever, só que, e novamente o primor da inteligência aqui, achei que eram 500 palavras, e na verdade eram 500 caracteres (duh). Bem, como eu escrevi um pequeno testamento para descrever o objetivo deste Blog e só pude usar praticamente um parágrafo, também como não posto nada há algum tempo e reciclagem está na moda, este post é o que escrevi na integra sobre este espaço:


  'Blog para adultos identificados com Altas Habilidades/Super dotação, tanto para aqueles que foram identificados quando crianças ou jovens, quanto para os que foram identificados já na fase adulta da vida. Para ambos a experiência causa conflitos emocionais internos, confusão, dúvidas, mas também alívio de descobrir o porquê do sentimento de diferença e muitas vezes incompreensão de seus pares. 



  Obviamente a experiência e as características são únicas para cada um, mas a intenção deste espaço é de ser um ambiente seguro de troca, também ter o sentimento de que não está sozinho, obter nova informações, compreender porque muitas vezes nos sentimos como E.T.s no meio de todos, verificar que comportamentos, atos e pensamentos antes sem sentido - de acordo com a base de conhecimentos e padrões estabelecidos pela sociedade - fazem todo o sentido quando descobrimos quem somos, pois ter AH/SD não é uma 'doença', nem um atestado de superioridade em relação ao outro, não é motivo para o SD ou qualquer outra pessoa achar que isto o torna automaticamente o novo 'Einstein' e que tudo será ridiculamente fácil durante sua vida, muito pelo contrário. É devido a estes tipos de conceitos (ou pré-conceitos) que os AH/SD são muita, se não a maioria das vezes, negligenciados, discriminados, cobrados como se fosse um dever ser bem-sucedido em tudo na vida, e quando isto obviamente não acontece, o AH/SD sente-se frustrado, constrangido e como se tivesse fracassado, levando à sérios problemas emocionais.   Também, devido à falsa noção de que se são SD dão conta de tudo sozinhos, não obtém o apoio necessário para atingirem todo seu potencial e assim são 'sub-aproveitados'. 



  Enfim a proposta é que aqui venha a ser um fórum para trocar experiências, idéias, novos conhecimentos sobre o assunto, para desmitificar certas noções equivocadas, entre outras coisas, já que a única regra é não insultar, menosprezar, ou julgar ninguém. Espero também que, não só pessoas identificadas com AH/SD participem, mas familiares, amigos, conjugues, educadores e mesmo pessoas que se interessam pelo assunto e queiram se aprofundar. 



  Todos os comentários feitos são e serão postados, a moderação só teve de existir pois, no início, algumas pessoas estavam usando o espaço para insultos e comentários maldosos. Críticas construtivas (ou não) são muito bem-vindas, assim como sugestões de aprimoramento, questionamentos, pontos-de-vista diferentes e mesmo polêmicos, já que a intenção é também de discutir vários assuntos sobre o tema, mesmo porque a controvérsia sempre tem seu lugar. Repetindo, o que não será tolerado são insultos, demagogias preconceituosas e coisas do gênero. Sejam todos bem-vindos, e espero que aqui seja para todos "um lugar legal para dançar, e se escabelar...tem que ter gente legal, tem que ter um som legal e ter, cerveja barata...um lugar onde as pessoas sejam mesmo a f****, um lugar em que a pessoas sejam louca, e super chapadas...que gostem de beber e falar...e curtam Syd Barret e o Beatles. Um lugar e um alguém que tornarão-me mais feliz, um lugar ondes pessoas sejam loucas, e super chapadas! Um lugar do Cara**o!"  - Cortesia de Raulzito...



  Bora trocar ideia aí galera! Só eu estou fazendo os posts por enquanto, mas quem animar é só colocar nos 'comentários': ISTO   É UM POST, aí eu publico com o nome do(a) autor(a). Esta, afinal, é a ideia, a troca das vivências para que nos identifiquemos com uns aos outros e descobrir que não estamos sozinhos, e que existem pessoas por aí com as quais podemos conversar sem nos esconder ou sentirmos inadequados, e nem ter o sentimento que estamos falando e o outro está com aquela cara de paisagem (e todo mundo aqui já teve esta experiência, com c-e-r-t-e-z-a), aqui é para escutarmos uns aos outros e tentar compreender essa coisa que, querendo ou não, admitindo ou não, e mesmo antes de haver uma identificação formal, nos torna diferentes e nos molda em todo os aspectos de nossas vidas.'



É isso, esta é a ideia geral. 



Tenho lido e relido quase todos os comentários e gostaria de responder e/ou comentar alguns, porém o farei em forma de post, só estou criando coragem para deixar de procrastinar... Quando eu fizer isto, citarei o autor e colocarei o comentário no post como referência. Caso alguém não se sentir confortável com isso, é só mandar um comentário que eu retiro a citação. Obviamente não farei isto com todos os comentários, porque né? 



Vou voltar também ao post sobre preconceito, especialmente depois que recebi este comentário do Robson Santiago: 

"Esse tipo de informação só serve para nos afastarmos uns dos outros. Para os pretensiosamente superdotados existem dois tipos de pessoas que são: eles e os intelectualmente inferiores. 


A inteligência humana é infinitamente diversificada e complexa demais para que se trace um perfil em um texto de poucos parágrafos, apesar de muitos superdodados de identificarem com ele. Não sabem que uma característica importante de indivíduos com inteligência "superior" é o senso crítico? "


O comentário foi publicado no post "Características Superdotados - Gifted Universe" sem nenhuma alteração ou moderação. Claro que cada um tem direito à sua opinião. Porém, declarar enfaticamente que a superdotação é uma "pretensão" e que o objetivo das informações do Blog (e aparentemente de todas as fontes oficiais das quais citei vários estudos, teses, artigos e reportagens) é nos diferenciar em uma categoria superior dos demais é um pouco de falta de "senso crítico" não? E ninguém aqui tem o objetivo de tratar detalhadamente da inteligência humana, mesmo porque se, quem se acha no direito de chamar pessoas que por lei são consideradas como portadores de necessidades especiais (isto mesmo, para quem não sabe, o que acredito ser poucas pessoas que leem este blog, não só deficientes físicos e mentais estão nesta categoria, os 'portadores' de AH/SD também) de pretensiosas por tentar compreender esta diferença que afeta nossas vidas em vários, senão todos os aspectos, deveria ler mais o que alguns parágrafos para saber que as AH/SD vão bem além da inteligência lógica - matemática - espacial. E que, como sempre deixei claro desde o início deste blog, não sou uma profissional ligada a área de psicologia, psiquiatria, neurologia, ou nenhuma outra área oficial de estudos sobre o assunto. Sou alguém e foi identificada quando criança e hoje, adulta, me vejo lidando com problemas e características que tem absolutamente tudo a ver com as AH e queria criar um espaço para trazer e receber informações de pessoas que se identifiquem, se interessem ou mesmo tentam compreender alguém próximo de si. Talvez se o Robson tivesse lido realmente o que é escrito aqui, ele iria notar que a palavra 'superior' nunca aparece neste espaço, pois quem compreende ou quer compreender verdadeiramente as AH/SD saberia que a palavra mais usada aqui é 'diferença'. 

 Portanto Robson, você está convidado, se realmente quiser ter uma opinião pelo menos um pouco informada sobre o assunto, a ler os outros posts deste Blog. Se este espaço não lhe interessar, mas o assunto sim, o Google está aí para isso. Sinta-se sempre bem-vindo aqui, que, como eu disse na introdução acima, é um espaço de compartilhamento, de informações, porém, não de julgamentos precipitados.

É isso aí galera, inté a prox.!

2 comentários:

  1. ISTO É UM POST

    Altas habilidades não são algemas, são faróis

    Cumprimentos a todos,
    Sou Antonio Áthyllas, supostamente um adulto com altas habilidades.
    A intenção com este post, e agradeço a Flávia permitir esse espaço, é abordar as Altas Habilidades pelo que se observa, de uma maneira geral quanto a forma com que é tratada essa questão, como também ver essa condição de Altas Habilidades como uma verdadeira riqueza.
    À medida que passa o tempo, na vida de uma pessoa com altas habilidades desassistida revelam – se as fortes incongruências entre o que essa pessoa é e o mundo em que ela vive.
    O resultado? Pessoas solitárias, não solitárias mas mal compreendidas, sem espaço valorativo, atrasos acadêmicos, negação de identidade, baixa – estima, frustração, depressão, busca até de situações perigosas pela não – ajuda.
    Creio que Altas Habilidades ainda é um assunto distante do cotidiano escolar.
    E aquela que era para ser pelo menos um ponto de apoio no aspecto respeito, a escola, é, por vezes, o primeiro ponto de massacre do aluno com altas habilidades: pelo insucesso escolar, fruto da não assistência, recebe esse aluno em peso notas baixas e, daí, de parentes títulos de “desleixado”, “anormal”. Ora, como poderia ser o contrário, se não lhe foi permitido mostrar seu potencial?! Esta situação é um caso – modelo. Felizes aqueles cujas famílias e a própria escola, mesmo sem pleno conhecimento de causa, se mostram compreensíveis e dispostas a ajudar.
    Vemos avanços. Reportagens, blogs, encontros. Desde que sensatos, são formas valiosíssimas de dar a conhecer o assunto e o drama de quem tem que calar seus talentos. Precisamos, porém, avançar mais.
    No entanto, falemos do que afinal de contas mais importa: o bem – estar das pessoas.
    Isso deve ser, primeiro, uma atitude de quem tem altas habilidades. Valorizar a sua vida, a riqueza do seu talento. Em segundo lugar, a pessoa com habilidades crer que não está sozinha. Contar com quem a compreende e a respeita.
    Sou um adulto supostamente com altas habilidades. De toda maneira, sendo ou não sendo, digo que já tenho uma alegria: conhecer, por experiências pessoais, o caminho difícil da não compreensão. Já pedi muito ajuda, já tive esperas ansiosas por um email que pudesse me dar uma resposta de compreensão e apoio. Tive momentos de intensa tristeza. Os arranhões das quedas, das lutas, hoje fazem também com que eu procure ser mais forte, e, mais que esperar pelos outros, acredite em mim.
    Esta postagem é uma forma de respeito para com as pessoas com altas habilidades que, mesmo em dificuldades, têm o desejo de serem felizes.
    Toda pessoa pode contribuir para o bem de outrem.
    Acredite! Altas habilidades não são algemas. São faróis.

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  2. #nao_postar #pergunta_retorica

    Oi, você pode me ajudar a entender por que não seria ético colocar um teste de AH/SD para maus intencionados não poderem ter acesso ao seu blog?
    -Gustavo C.S ou Gustavo Suliani
    有り難う


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