quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Realista...

A moça do Gifted Universe vai acabar me processando, porque eu vou traduzir mais um texto dela (o nome dela é Elisa BTW). Mas não dá pra evitar, as idéias dela traduzem tanto o que eu penso, que as vezes acho melhor transcrever o que ela diz do que me embaralhar em meus próprios pensamentos incoerentes. E de novo, vou deixar para dormir quando eu morrer né? Porque já são 3:00, e eu tenho aula amanhã as 7:00 (que pra variar um pouco, eu vou...), e vou começar a tradução agora, só não prometo terminar...

Disponível em:
http://gifteduniverse.com/category/characteristics-gifted-adult/page/3/

"COMO SER REALISTA ENQUANTO ADULTO SUPERDOTADO

Na verdade, eu não tenho a mínima idéia. Eu acho a idéia de ser realista desfiadora e as vezes confusa, e acredito que esta é uma qualidade relacionada a ser um adulto superdotado. Estou sendo frequentemente advertida a ser realista, e de fato, muitas vezes eu me lembro que preciso ser realista. Mas eu estive me questionando: o que significa de verdade para mim ser realista?

Ser realista é uma coisa relativa. Primeiramente, ser realista para outra pessoa pode não significar o mesmo para mim, e vice-versa. Eu sei que algumas vezes eu sou lembrada de ser realista quando eu já SEI que estou SENDO realista... no meu ver. Mas, o que é realista para mim não é o mesmo para a pessoa que está me lembrando. Ao mesmo tempo, eu sei que eu também assumo que é realista para mim, como uma adulta superdotada, em relação a nível de energia, cognitividade, é igualmente possível para aqueles ao meu redor, quando geralmente este não é o caso.

Também, para mim, eu acho realista lutar por um ideal. Eu tenho uma inclinação natural para ver as coisas como elas deveriam ser um desejo constante de melhorar as coisas. Isto é muitas vezes confundido com dissatisfação, quando geralmente não o é. E enquanto eu prefiro atingir um objetivo final, a motivação é enraizada no ato de melhorar ao invés do objetivo final ser aprimorado. E só para deixar todos ao meu redor malucos, eu não só tenho uma necessidade constante de aprimoração mas, para mim, isto não é um exercício, mas um imperativo moral. Meu desejo de mudar as coisas para deixá-las como deveriam ser está ligado ao meu sistema de valores - para mim é 'a coisa certa' procurar um ideal, e é errado lavar as mãos de coisas que eu sinto que estão erradas. Quando eu sou advertida, ou eu mesma me advirto, para ser realista, eu algumas vezes interpreto esta instrução como se significasse que eu devo me contentar com menos do que eu acho correto. Se eu faço isto, eu nego uma das melhores partes de mim mesma. De alguma forma, eu acho que esta minha inclinação para ver as coisas de um jeito que é visto como irreal está ligado à enteléquia (http://gifteduniverse.com/gifted-adult-characteristics/gifted-adults-characteristics-entelechy/) : a necessidade de ser a melhor versão de quem eu sou. Tem um poema da Oriah Mountain Dreamer, O Convite (http://www.oriahmountaindreamer.com/), que é o oposto de 'ser realista' e que captura minha abordagem inata da vida, melhor do que eu própria poderia.

Como sociedade, há uma coerção, ou melhor, nós colocamos um prêmio em 'ser realista', mas se você pensar bem, são as pessoas não-realistas que movem mudanças e fazem a diferença. Muitas coisas que nós agora aceitamos como realistas, há algum tempo não o eram. Avanços tecnológicos de motores a aparelhos eletrônicos, de computadores a locomotivas a vapor, carros, aviões, vacinas, a eliminação da varíola, do tratamento do HIV ao sufrágio universal, da dissolução do Apartheid na África do Sul a atual paz na Irlanda. Tudo isso, há algum tempo, era irreal.

Eu ia dizer que ser realista deveria significar ter clareza sobre o que é realista para os que estão ao meu redor. Mas nem sobre isto eu estou certa, porque eu sou constantemente surpreendida por como as pessoas perpassam minhas expectativas, e como eu me sobreponho as expectativas dos outros. Existem pessoas em minha vida que mantém suas expectativas a meu respeito em alto nível, convencidos de minhas capacidades. Eu sempre lidei melhor com pessoas que acreditam em mim e me incentivam do que com aqueles que ficam me lembrando de ser a versão deles de realista.

Mas claro, ter minha própria versão de adulta superdotada de ser realista tem seu lado negativo. Pode levar a exaustão, ou se transformar em cinismo. Mas eu não quero desistir daquilo que outros percebem como não-realista, na verdade eu acho que não conseguiria nem se tentasse. O que eu posso fazer, e tentar fazer é isto:

- Lembrar-me que nem todos pensam do jeito que eu penso.
- Escolher minhas batalhas, não direcionar minha energia a coisas que não são importantes e que me impeçam de focar naquilo que realmente importa para mim.
- Me cercar de pessoas que também focam em vencer e melhorar ao invés de pessoas que preferem focar naquilo que não pode ser feito.

E tentar me lembrar de que a semana possui somente 168 horas, mas essa é realmente difícil para mim - eu ainda prefiro acreditar que posso dobrar a barreira do tempo. Até eu mesma sei que preciso ser mais realista sobre isto. Para mim, eu acho que é realista aceitar que o que eu acredito ser realista é o que a maioria das pessoas vê como não-realista. E sério, eu acho que todos iriam se beneficiar sendo um pouco menos realistas."

Opa, terminei! Muito legal este texto. Sendo super realista, será que eu vou dar conta de ir na aula daqui a pouco?...

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